Mercado lança plano ambicioso para crescer e atingir mais segurados

Mercado lança plano ambicioso para crescer e atingir mais segurados

Um plano extremamente ambicioso, elaborado pelas entidades que representam seguradoras e Corretores de Seguros, que visa fazer com que a participação do setor no PIB possa atingir 10% em sete anos e que o seguro esteja ao alcance de todas as camadas da sociedade, foi lançado nesta quinta-feira (16), em São Paulo.

Trata-se do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS), elaborado sob a coordenação da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e que reúne propostas da Fenacor, FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap. “Falta a percepção da sociedade, dos governantes e dos legisladores sobre a real importância do seguro para o desenvolvimento do País, seja econômico ou, principalmente, social”, destacou o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, acrescentando que o plano tem o objetivo de relevar a importância do setor, que, segundo ele, pagou R$ 450 bilhões em indenizações, sorteios, resgates e prêmios em 2022 e, hoje, financia aproximadamente 25% da dívida pública brasileira. “E mais: o seguro é muito mais importante para quem tem menos renda”, pontuou Oliveira.

Para o presidente da CNseg, o setor de seguros carece de um direcionamento e, nesse sentido, o PDMS poderá manter o mercado unidos em torno das propostas. “Precisamos nos engajar e remar na mesma direção. O setor precisa estar bem direcionado. Para tanto, o plano foi estruturado com base em uma visão moderna, com foco principal no consumidor”, ressaltou Dyogo Oliveira.

O plano estabelece 65 metas, divididas em quatro eixos de atuação. No caso específico da intermediação, há, no total, 93 menções aos Corretores de Seguros, tratando, especialmente, das seguintes questões: canais de distribuição; aprimoramento do estudo dos ramos mais aderentes ao Open Insurance para apresentar proposta à Susep; estabelecer parceria com a ENS para capacitar os intermediários e seus prepostos; autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros; de Capitalização, de Previdência Complementar Aberta e aprovação de Lei que estabeleça as condições para atuação de associações e cooperativas no mercado segurador, entre outros.

Na visão do presidente da Fenacor, Armando Vergilio, a iniciativa de promover esse plano “veio em boa hora”. Segundo ele, a equipe da federação se empenhou para oferecer as sugestões que acabaram sendo incorporadas ao PDMS pela CNseg. “Estamos entusiasmados em fazer parte deste momento histórico para o mercado. Este plano vai ajudar a definir o futuro do setor”, observou Armando Vergilio.

Além de aumentar a participação no PIB, o PDMS busca levar o seguro a uma parcela maior da população e elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB para 6,5% do PIB.

Nesse sentido, o presidente do Conselho da CNseg, Roberto Santos, conclamou o mercado a dar mais valor ao que se devolve para a sociedade do que ao faturamento. “A nossa intenção é aumentar a penetração seguro. Nesse sentido, é preciso mostrar para a sociedade aquilo que a gente devolve em indenizações, sorteios e resgates. Está na hora de pararmos de falar em quanto o mercado cresce. Isso não é mais tão importante. É muito mais relevante divulgar o que retorna para a sociedade. O plano tem foco importante nesse ponto”, disse Santos.

Por sua vez, o superintendente interino da Susep, Carlos Queiroz, declarou que ficou “muito feliz” ao constatar que o plano foi “elaborado e definido pensando no consumidor”.

Segundo ele, o plano é excelente e “conversa” com a principal missão da Susep e dos demais órgãos que atuam no controle do mercado.

Por fim, o presidente da Escola de Negócios e Seguros – ENS, Lucas Vergilio, afirmou que, dentro do contexto do plano, a instituição está pronta para qualificar, treinar e capacitar todo o tipo de mão de obra que o mercado precisa. “Isso vale desde o estagiário de seguradoras aos assistentes de Corretora de Seguros, aos cursos de habilitação do Corretor, e chegando à formação de executivos, com cursos de graduação e pós-graduação e até o topo da carreira no mercado”, enfatizou, lembrando ainda que a ENS tem, hoje, parcerias internacionais com universidades de Lisboa, Israel e Londres, “o berço do seguro”.

Também presente ao evento, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, salientou que o governo tem um “diagnóstico alinhado com o setor”, por entender que há espaço para aumentar a densidade de penetração do seguro. “A gente está bem aquém dos padrões registrados em países da OCDE e mesmo de vizinhos da América Latina. Há um grande desafio pela frente e não há razão para não atingirmos metas ambiciosas. A gente pode aumentar a penetração do seguro”, asseverou.   


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