Empreendimento feminino começa por necessidade e não se formaliza por insegurança

Empreendimento feminino começa por necessidade e não se formaliza por insegurança

O Dia Mundial do Empreendedorismo feminino é comemorado nesta terça-feira (19). O g1 falou com a analista de negócios do Sebrae-SP, Débora Rodrigues, sobre o cenário das mulheres empreendedoras e citou os fatores que ainda impedem índices igualitários.

Entre os aspectos que contribuem para esse cenário, a especialista aponta que os empreendimentos femininos começam por necessidade e não se formalizam por insegurança.

A analista de negócios do Sebrae-SP Débora Rodrigues explica sobre o número de empreendimentos femininos, citando as tarefas geralmente atribuídas às mulheres como um dos motivos pelos quais elas acabam não formalizando o negócio. "As mulheres muitas vezes é líder de família, responsável pela educação dos filhos, por cuidar dos seus pais, inseguras quanto ao futuro, então essa questão é uma variável que impacta na tomada de decisão para elas se formalizarem", explica.

Ela continua falando sobre a questão da segurança, que mulheres precisam se sentir muito seguras antes de formalizar o empreendimento. Isso faz com que muitas sigam na informalidade, principalmente nas áreas de confeitaria e prestação de serviços de beleza.

Tudo isso segundo Débora, se deve ao fato de que grande parte começa a trabalhar por conta própria sem um planejamento prévio, movidas pela necessidade.

A analista frisa importância de formalizar o empreendimento para ter acesso aos direitos fornecidos.

Mulheres buscam mais conhecimento

Débora acredita que, apesar de ainda não estar em pé igualitário, a tendência é que as formalizações femininas cresçam, em especial a medida em que as mulheres buscam se informar e se especializar, atingido números iguais ou até maiores que os homens.

A formação e o conhecimento geram confiança, que acaba levando em direção ao processo de formalização. Segundo a analista, as mulheres acabam buscando mais por conhecimento. "Eu percebo que geralmente as mulheres são mais capacitadas ao comparativo dos homens, quando a gente fala de busca de conhecimento técnico, de competências, de habilidades, elas buscam muito mais", acrescenta.  


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