Refletir sobre equidade é sempre importante, e esse ano com sua característica eleitoral, traz consigo a oportunidade de refletirmos sobre a representatividade feminina nos espaços de poder. Somos a maioria como população e como eleitorado, mas nossa presença nos cargos públicos ainda é muito aquém do ideal. Nada avançamos nos últimos anos? Sim, avançamos, mas o caminho é longo.
Cenário 2024
Apesar da queda no número total de candidaturas de mulheres sob o total de candidaturas em 2024, enquanto percentual, avançamos 0,5%. Esse ano, 34% do total de candidaturas é feminino, ao passo que os homens representam 66%. Voltando para 2020, esse mesmo percentual estava em 33,5%. Pouco, mas importante avanço.
A Importância da Representatividade
A representatividade feminina é crucial para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Quando mulheres ocupam cargos públicos, trazem para o debate perspectivas, que tendem a ser negligenciadas ou equivocadamente analisadas em um ambiente dominado por homens. Debates como violência de gênero, direitos reprodutivos, igualdade salarial e políticas de apoio à maternidade, por exemplo, ganham maior visibilidade e chances reais de serem transformadas em políticas públicas.
Panorama Atual da Participação Feminina
Historicamente, nossos poderes nesse país chamado Brasil são majoritariamente masculinos. Certo que, iniciativas como a Lei de Cotas e campanhas de conscientização têm buscado mudar esse cenário. Nas eleições de 2022, vimos um aumento no número de mulheres eleitas para cargos no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas, ainda que no Senado permaneça limitada. Mas, cabe pontuar que são 29 os partidos brasileiros que realizaram candidaturas em 2024, mas 12 deles não registraram mulheres, segundo artigo publicado em Brasil de Fato.
Desafios e Perspectivas para o Futuro
Apesar dos avanços, os desafios para as mulheres na política permanecem. A cultura política brasileira ainda é marcada por preconceitos de gênero, que se manifestam tanto nos processos eleitorais quanto no cotidiano dos mandatos. Ressalto, que a resistência feminina é igualmente forte. São muitos e notórios os movimentos de mulheres, partidos políticos e mesmo a sociedade civil que se organizam para promover uma maior participação feminina nas eleições de 2024.
Aqui Nossas Vozes têm poder: O Papel das Eleitoras em 2024
Como eleitoras que somos, temos papel fundamental em 2024. Nosso voto precisa olhar para Mulheres que pautem pelo avanço como sociedade, com lisura e retidão e que desenhem um plano de governo adequado para nossas Capitais.
Conclusão
A equidade de gênero na política brasileira é uma luta contínua, que exige não apenas mudanças estruturais, mas também uma transformação cultural. Em 2024, temos essa oportunidade de dar mais um passo em direção a um país onde as vozes femininas são ouvidas e valorizadas em todas as esferas de poder.
Fontes:
https://www.poder360.com.br/poder-eleicoes/eleicoes-2024-tem-o-menor-numero-de-candidatos-desde-2008/ Dos 29 partidos brasileiros, 12 não indicaram mulheres para | Política (brasildefato.com.br)
Neta de Izabel, Filha de Izilda e de Oxum, Casada com Adriana e apaixonada por viagens, café e vinhos. Há mais de 20 anos atuando com Pessoas, hoje CHRO e Trusted Advisor criando parcerias sustentáveis com Sr Leadership e C-Suite, via Aconselhamento, Mentoria e estratégias de negócios forjadas em DE&I. Trago na bagagem organizações como Banco Santander, Henkel, Messer Gases, Marsh McLennan, para mencionar algumas.