Celebrar e prosseguir

Celebrar e prosseguir

Com a guerra na Ucrânia, o terrível conflito Israel-Hamas, e muitos outros potenciais conflitos desse nosso mundo turbulentamente angustiante, estamos em constante opressão por conta de notícias dolorosas: mudanças climáticas, violações dos direitos humanos, pequenos e grandes desastres provocados unicamente pelo ser humano e pequenos e grandes desastres da natureza, em reação a nossas atitudes em relação a Ela. 

Mas gostaria de convidar a todas aqui para uma pausa.

Porque é tempo também de chamar a esperança e a fé para tocar nossos corações e celebrar nossas lindas vitórias pessoais e coletivas.

Como mulheres que somos sabemos ser resilientes e determinadas e chamar a luz para iluminar boas notícias é nossa mensagem de fim de ano. 

Que possamos fazer aquele saudável silêncio e buscar em nossas memórias as felizes passagens de nossas vidas, neste ano.

Em seu canto isolado, em seu espaço privado e sagrado, respire, traga perfumes que goste (incensos, aromas, odorizadores, óleos, sabonetes, o que preferir), uma música especial, quiçá um copo de uma boa bebida (alcoólica ou não) para esta pausa de sossego, de calma a refletir seus bons momentos, suas conquistas pequenas e especiais, seus amores, sua família, seus sucessos.

Degustar, apreciar, relembrar, re-vivenciar e celebrar intimamente com a delicadeza e suavidade que merecemos e que tanto nos falta nesta vida turbada, atribulada, acelerada... pausa...

E para que este exercício seja pleno e mais amplo, colocamos aqui dez boas notícias coletivas para nosso universo feminino para nos inspirar:

1 - Primeira-ministra da Islândia aderiu a uma paralisação em massa por causa da desigualdade

A primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir se juntou às mulheres em toda a Islândia em luta pela igualdade em 24 de outubro. Cerca de 100.000 mulheres se reuniram em Reykjavík para protestar contra a desigualdade salarial e a violência de gênero.

2 - Futebol feminino bateu recordes

Quase dois milhões de torcedores compareceram à Copa do Mundo Feminina na Austrália e na Nova Zelândia, um aumento de mais de 600 mil em relação ao recorde anterior. O torneio, que a Espanha venceu pela primeira vez, aumentou para 64 jogos, em comparação com 52 há quatro anos.

3 - Um teste de quatro dias de trabalho na semana confundiu os críticos

As empresas que adotaram uma semana de quatro dias em um teste nos EUA e no Canadá foram mais capazes de reter funcionários e não viram queda perceptível na produtividade. Além disso, 40% dos funcionários relataram se sentir menos estressados. Ensaios semelhantes também estão sendo realizados no Reino Unido, Irlanda, Bélgica e Portugal.

4 - Inteligência artificial detectou câncer de mama quatro anos antes de se desenvolver

Em março, a detecção assistida por computador (CAD - computer-assisted detection) foi usada na Hungria para detectar câncer de mama em uma mulher quatro anos antes de se desenvolver. O CAD ajuda a revisar imagens, avaliar a densidade mamária e sinalizar mamografias de alto risco que podem ter passado batidas pelos radiologistas. Espera-se que melhore as taxas de detecção de câncer em 13%.

5 - Austrália aprovou lei de transparência sobre disparidades salariais entre homens e mulheres

O governo federal australiano aprovou a Emenda de Igualdade de Gênero no Local de Trabalho em 2023, que obriga empresas com mais de 100 funcionários a publicar seus dados de disparidade salarial de gênero. Os dados serão então tornados públicos online. Essa transparência é crucial, já que o sigilo em torno da remuneração é uma das principais razões pelas quais existe essa lacuna. A disparidade salarial entre homens e mulheres é atualmente de 13,3% na Austrália.

6 - Espanha aprovou licença menstrual, aborto na adolescência e leis trans

O Parlamento espanhol aprovou uma legislação que amplia o aborto e os direitos de transgêneros para adolescentes, ao mesmo tempo em que torna a Espanha o primeiro país da Europa a conceder às trabalhadoras o direito à licença menstrual remunerada. As duas leis foram lideradas pela ex-ministra da Igualdade Irene Montero.

7 -África do Sul se tornará o primeiro país africano com licença parental compartilhada

Em outubro, a Suprema Corte sul-africana decidiu que "todas as categorias de pais, seja por nascimento, adoção ou barriga de aluguel, devem ter durações iguais de licença". Antes, as mães tinham direito a quatro meses de licença e os pais ou companheiros tinham direito a, no máximo, 10 dias. A nova decisão permitirá que os pais escolham como dividir os quatro meses de licença entre eles.

8 - Índia aprovou projeto de lei para destinar 33% dos assentos do Parlamento para mulheres

Em setembro, os legisladores da câmara alta do Parlamento da Índia aprovaram um projeto de lei para reservar 33% dos assentos na câmara baixa e nas assembleias estaduais para mulheres. Isso ocorreu apenas um dia depois que a legislação do marco foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

9 - Tratamento de câncer do colo do útero teve grande avanço após 20 anos

Um estudo financiado pela Cancer Research UK mostrou que o uso de medicamentos existentes e mais baratos antes do tratamento padrão de quimiorradiação pode reduzir o risco de morte para mulheres por câncer do colo do útero em 35%. Os cientistas dizem que é o maior avanço no tratamento desse tipo de câncer em 20 anos.

10 - Taiwan enfrentou a pobreza menstrual

Taiwan se tornou a mais recente nação a combater a pobreza menstrual, com seu Ministério da Educação revelando um pacote de US$ 3,1 milhões para financiar produtos menstruais gratuitos em escolas e universidades. Os suprimentos também estão sendo fornecidos por meio de espaços públicos, como bibliotecas, museus e centros de arte nas principais cidades. ¹

Assim, vamos celebrar e prosseguir juntas @rumoaoequal em 2024! 



¹ https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/as-melhores-not%C3%ADcias-de-2023/ss-AA1lo1DS


Liliana Caldeira

Liliana Caldeira

Liliana Caldeira é Presidente da Sou Segura, advogada, graduada pela UFRJ, pós-graduada em Direito Empresarial pela FGV/RJ e mestre em Direito Econômico, pela UFRJ, licenciada em Filosofia pela UERJ. É professora da Escola de Negócios e Seguros – ENS da graduação e pós-graduação. Participa ativamente de Associações como a AIDA (Associação Internacional de Direito de Seguros).


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